Como já diz o ditado: “uma andorinha só não faz verão”. Na economia brasileira, isso significa que um único esforço, como o aumento da taxa Selic, não resolve todos os problemas. Apesar de a Selic, prevista para chegar a 15% no primeiro semestre, ser uma ferramenta importante para controlar a inflação, ela não é suficiente sozinha.
O impacto dos juros altos
Os juros elevados, que estão entre os mais altos do mundo, dificultam o acesso ao crédito, freiam o consumo e prejudicam setores essenciais, como o imobiliário, que depende de financiamentos acessíveis para funcionar bem.
Nesse cenário, os empresários precisam buscar soluções alternativas. Isso pode incluir diversificar as fontes de financiamento, considerando fundos de investimento, parcerias ou casas de crédito que ofereçam condições diferenciadas.
A importância da coordenação econômica
O Banco Central não pode carregar sozinho a responsabilidade de estabilizar a economia. Sem uma coordenação entre as políticas monetária e fiscal, o país pode entrar em um “ciclo vicioso”, onde os altos custos do dinheiro dificultam o crescimento econômico e aumentam a inadimplência.
Os empresários podem amenizar esses impactos fortalecendo o planejamento financeiro, renegociando prazos com fornecedores e melhorando a eficiência operacional de suas empresas.
Incertezas e o papel do governo
Outro problema é a falta de clareza do governo em relação ao compromisso com a responsabilidade fiscal. Mensagens contraditórias criam incertezas no mercado, pressionam os juros futuros e tornam o ambiente de negócios mais instável.
Quando os bancos endurecem os critérios para concessão de crédito, quem mais sofre são as populações mais vulneráveis e as empresas menores. Assim, o aumento de juros, sendo uma medida existente para ajudar, acaba agravando ainda mais os problemas.
A união dos agentes econômicos
Para mudar esse cenário, é essencial que todos os agentes – governo, Banco Central e mercado – trabalhem juntos. Somente com uma agenda comum será possível criar condições de previsibilidade e dar um alívio ao setor produtivo.
Se o objetivo é uma economia que cresça de forma sustentável, é preciso esforço coletivo. A política fiscal deve assumir sua responsabilidade, garantindo austeridade e transmitindo confiança ao mercado.
O caminho para um verão promissor
Não existe solução mágica ou individual. Assim como uma andorinha sozinha não muda as estações, o Banco Central, agindo isoladamente, não consegue resolver tudo. Mas, com todos os agentes econômicos trabalhando juntos, podemos criar as condições para um futuro mais próspero e um “verão” mais promissor para o país.
E você, o que pensa sobre tudo isso?