O ano de 2025 começou com um cenário desafiador para as empresas. Segundo o Banco Central, a taxa média de juros do crédito para pessoas jurídicas subiu para 21,5% ao ano em janeiro, um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Além disso, o spread bancário cresceu e a inadimplência deu sinais de alta. Em outras palavras, financiar o crescimento da empresa ficou mais caro.
Diante desse cenário, é natural que muitas empresas adotem uma postura mais cautelosa, reduzindo investimentos e evitando novos riscos. Mas será que essa é a melhor estratégia?
Desacelerar completamente pode ser tão arriscado quanto avançar sem planejamento. Quem para de investir perde competitividade e abre espaço para concorrentes que seguem inovando, mesmo em tempos difíceis.
Tirar o pé do acelerador ou seguir em frente?
O desafio não está em cortar investimentos, mas em encontrar a dose certa. Uma gestão financeira eficiente, aliada a uma análise rigorosa das oportunidades, pode fazer toda a diferença. Com o crédito tradicional mais caro, é hora de olhar para alternativas estruturadas que permitam manter a expansão sem comprometer a saúde financeira do negócio. É nesse momento que entra o mercado de capitais.
O mercado de capitais surge como uma alternativa estratégica nesse cenário. Com crédito estruturado e soluções mais flexíveis, ele permite que as empresas avaliem as melhores opções de financiamento alinhadas aos seus objetivos. Além disso, as taxas costumam ser mais competitivas em relação às praticadas pelos bancos, garantindo um custo menor para viabilizar investimentos.
Quem sabe navegar na adversidade, sai mais forte
Realmente é muito desafiador enfrentar um mar econômico de altos e baixos, sem previsibilidade e com perspectivas não tão animadoras.
No entanto, empresas que conseguirem equilibrar estratégias financeiras alinhadas com cautela e visão de longo prazo sairão desse período mais preparadas para capturar oportunidades quando o ciclo econômico melhorar.
Assim foi durante a pandemia da Covid-19, empresas que souberam se adaptar ao período, que reviram as suas estratégias e olharam para o longo prazo, saíram mais fortalecidas e aproveitaram uma onda de crescimento.
Autor: Volnei Eyng
Fundador e CEO da Multiplike, uma gestora de recursos com 25 anos de história e mais de 30 bilhões de crédito cedido.
Sócio benemérito da ABRAFESC;
Graduado em Administração e Economia;
MBA na HSM Management em Gestão de Negócios;
MBA em Macroeconomia.
