Por Volnei Eyng

À medida que nos aproximamos do fim de 2024, o cenário econômico traz tanto desafios quanto oportunidades. No Brasil, apesar da instabilidade fiscal e da pressão inflacionária, o crescimento do PIB deve fechar o ano em torno de 3%, um indicativo de que a economia está em movimento. Já nos Estados Unidos, a expectativa de novos cortes na taxa de juros do Federal Reserve (FED) traz a esperança de um respiro para os mercados globais.
No Brasil, o mercado de trabalho segue aquecido, o que estimula o consumo, mas também gera pressões inflacionárias. O Banco Central já sinalizou novos aumentos na taxa Selic, que deve fechar o ano em 11,50%. Enquanto isso, o dólar segue valorizado, refletindo diretamente às incertezas fiscais que só crescem, o que afeta diretamente empresas que dependem de importação e exportação.
Para os empresários, o planejamento é fundamental. Mesmo com a alta dos juros, há espaço para crescimento, em todos os setores da economia. Antecipar negociações com credores e garantir insumos antes de possíveis aumentos de preços pode ser uma estratégia inteligente neste cenário. Assim como adquirir crédito com taxas pré-fixadas, antecipando investimento e reduzindo custos com a alta do juro.
Já os investidores devem ter cautela. Com a Selic em alta, a renda fixa continua sendo uma boa opção. Investimentos em ações de empresas exportadoras também podem ser vantajosos, pois tendem a se beneficiar da alta do dólar.
Resumindo, o último trimestre de 2024 exige atenção e estratégia. O Brasil apresenta um cenário de crescimento, mas é essencial ter cautela diante das incertezas fiscais por aqui, e algumas instabilidades globais. Com investidores e empresários bem informados e com o planejamento adequado, podem e devem transformar os desafios em oportunidades.