Por Fernanda Capelli
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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,4% no trimestre encerrado em setembro, surpreendendo o mercado ao apresentar um índice abaixo das expectativas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira, o índice ficou levemente abaixo da previsão do mercado, que esperava uma taxa de 6,5%. O resultado reflete uma leve melhoria no mercado de trabalho nacional, trazendo expectativas positivas para a economia brasileira.
Segundo análise de Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, a queda da taxa de desemprego em setembro, impulsionada pelos setores da indústria e comércio, reflete uma recuperação no mercado de trabalho, alinhada ao crescimento econômico moderado que o Brasil vem experimentando.
“O aumento no número de empregados, especialmente com carteira assinada, fortalece a formalização, essencial para a arrecadação e estabilidade de consumo. No entanto, o recente aumento nos juros pode impactar essa trajetória positiva, pois encarece o crédito, reduz o consumo e pode inibir novos investimentos empresariais. Essa conjuntura traz desafios para a sustentabilidade desse avanço no emprego”, explica.
Desemprego no Brasil: Cenário Promissor?
Esse novo percentual coloca o Brasil em uma trajetória de estabilidade no emprego, em um contexto econômico marcado por desafios globais e internos. A mediana das previsões dos economistas, obtida em pesquisa da Reuters, apontava para uma taxa de desemprego de 6,5% nesse período, revelando uma ligeira superação das expectativas.
A expectativa dos especialistas é de que a taxa de desemprego se mantenha próxima dos níveis atuais, ainda que fatores como política monetária e inflação possam influenciar as próximas medições. Com o mercado de trabalho estável, economistas acreditam que essa tendência pode se consolidar, caso haja continuidade no fortalecimento de setores estratégicos.