22 Unidades Federativas (UFs) tiveram crescimento na busca pelo recurso financeiro, com destaque para o Espírito Santo (11,8%)
São Paulo, 31 de janeiro de 2025 – O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, registrou aumento de 2,3% no acumulado de 2024 em comparação a 2023. Os grandes negócios impulsionaram o índice e fecharam o ano com 4,8% da busca pelo recurso financeiro. Em seguida, estavam as médias empresas com 3,2% e os empreendedores de pequeno porte com 2,3%. Confira, no gráfico a seguir, o detalhamento dos últimos 10 anos e a tabela de comparação 2023 x 2024 por porte:
“A atividade econômica aquecida e, eventualmente, a necessidade de capital para expansão são fatores que impulsionaram a demanda das grades empresas por crédito em 2024, apesar do ambiente desafiador dos juros. A gestão financeira mais estruturada das grandes permite uma tomada de decisões mais calculada sobre o endividamento. Para as micro e pequenas empresas o ambiente de crédito acaba sendo mais restritivo. Entretanto, houve crescimento de 2,3% na demanda pelo crédito em 2024 refletindo o ambiente econômico positivo. O efeito do atual ciclo de elevação dos juros, que começou em setembro/24, impactará de maneira relevante essa dinâmica ao longo de 2025”, explica a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
Na comparação por setor, a categoria “Demais”, que engloba “Primário”, “Financeiro” e “Terceiro Setor” foi o que apresentou maior crescimento na demanda por crédito durante o ano (10,0%). O segmento do “Comércio” registrou o menor (0,4%). Veja os dados na tabela a seguir:
Na análise por região, 22 Unidades Federativas (UFs) tiveram crescimento na busca pelo recurso financeiro. Espírito Santo foi o destaque (11,8%), seguido por Amapá (7,0%), Rondônia (6,1%), Tocantins (5,5%) e Santa Catarina (4,8%). A maior retração foi sentida pelas empresas do Distrito Federal (6,7%). Veja, a seguir, o detalhamento por UFs:
Variação anual também registra alta
O mês de dezembro de 2024 marcou crescimento de 5,0% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, com as micro e pequenas empresas puxando o aumento na demanda por crédito (5,4%). Veja o levantamento no gráfico e na tabela a seguir:
A visão por setores das empresas mostrou que, em dezembro, a variação da demanda por crédito foi mais acentuada pelos negócios que englobam “Serviços” (9,5%), seguidos por “Indústria” (4,1%) e Demais (3,4%). “Comércio” foi o único segmento que registrou queda (-0,5%).
Metodologia do indicador
O Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de cerca de 1,2 milhão de CNPJ consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CNPJ consultados, especificamente, nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e as instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica, setor e porte.
“Serasa Ponto a Ponto” explica faixas de pontuação
Muitos donos de negócios, interessados em melhorar a situação financeira de suas empresas, podem se perguntar: como o Score PJ funciona? Como consultar essa pontuação para companhias? Dá para ter uma nota maior? Como cuidar melhor da saúde do negócio? Para ajudar os empreendedores a entenderem melhor esses números e como podem contribuir para o aumento do score PJ da sua empresa, a Serasa Experian lançou a funcionalidade “Ponto a Ponto”, dentro da interface de consulta.
A funcionalidade traz a explicação de cada faixa de classificação, os motivos que podem acarretar a queda ou o aumento da pontuação e as orientações sobre medidas possíveis para manter ou melhorar a situação. A pontuação do Score para CNPJ vai de 0 a 1.000, em que quanto maior o valor, maior o nível de confiança que a empresa apresenta. Os critérios utilizados para avaliação do Score PJ, ainda segundo Cleber Genero, são:
- Existência de dívidas vencidas negativadas;
- Consultas à Serasa Experian;
- Faixa etária do consumidor;
- Cadastro Positivo devidamente aberto;
- Dados cadastrais do consumidor atualizados;
- Registros de pagamento de contas em dia;
- Avaliações de crédito frequentes;
- Existência de processos judiciais envolvendo o indivíduo;
- Cadastro de emissão de cheques sem fundo.