Objetivo é auxiliar gestores de FIDCs no monitoramento dos créditos, permitindo ganhos de eficiência
São Paulo, 31 de março de 2025 – Alinhada com sua estratégia de apoiar gestores e agentes da indústria de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), a B3 sediou nesta segunda-feira (31) o evento “Uqbar Experience 2025”, no qual foram discutidas as perspectivas para o segmento.
FIDCs são veículos de investimentos que adquirem créditos que empresas têm a receber, como parcelas de cartão de créditos e duplicatas, antecipando recursos para essas companhias e, consequentemente, colocando-se como uma alternativa eficaz de financiamento.
“A indústria de FIDCs se desenvolveu muito nos últimos anos, ganhou relevância, e o papel da B3, como principal infraestrutura do mercado de capitais do país, tem sido não apenas ajudar o mercado a se adaptar aos avanços da regulação, mas também de explorar produtos e serviços que gerem eficiência e potencializem essa indústria”, afirma Rogério Santana, diretor de Relacionamento com Clientes e Governança em Licitações da bolsa.

Ele lembra que, no período que antecedeu a entrada em vigor da Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em novembro de 2024, além dos desafios já esperados de tecnologia, havia também dúvidas e incertezas sobre como funcionariam os processos e até mesmos sobre quais ativos que podem compor a carteira de um FIDC seriam passíveis de registro.
“Conseguimos apoiar os agentes nesse processo de adaptação, e também nas discussões com o regulador, o que delimitou as novas obrigações de registro às cédulas de crédito bancário (CCBs) e duplicatas. Essa proximidade e parceria com os agentes foram fundamentais para consolidar a liderança da B3 no registro de CCBs e nos posicionar em um lugar de destaque com mais de 40% das duplicatas registradas por FIDCs”, diz Santana.
No fim de 2024, o mercado de FIDCs registrava um patrimônio líquido de R$ 635,9 bilhões, montante 42,2% maior em relação ao ano anterior, segundo dados do Anuário Uqbar FIDC, divulgado hoje. O relatório mostra ainda que houve um aumento de 29,4% no número de fundos da categoria, para 3.046, e um avanço de 38,2% no volume de emissões, que atingiu R$ 221,8 bilhões.
Impacto das duplicatas escriturais
A B3 também avança para apoiar todo o mercado, e em particular os FIDCs, no processo de transformação decorrente da introdução das duplicatas escriturais (eletrônicas).
Normativos do Banco Central estabelecem que as companhias com faturamento anual superior a R$ 300 milhões serão as primeiras que precisarão registrar eletronicamente as duplicatas se quiserem usá-las para a tomada de crédito. Posteriormente, a obrigação será ampliada para as médias e pequenas empresas, seguindo um calendário escalonado.
De olho nessas mudanças, a B3 está desenhando uma jornada completa que se integrará às esteiras de crédito de bancos e dos FIDCs, entendendo e respeitando suas peculiaridades e formas de atuação. “Mesmo antes dos prazos legais para as empresas, teremos condições de oferecer muitas soluções de valor agregado, como dados, relatórios e processos tecnológicos, criados pela própria B3 ou empresas do grupo, como Neoway, Neurotech e PDtec”, destaca o diretor da B3.
Fonte: https://www.b3.com.br/pt_br/noticias/uqbar-experience-2025.htm

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