Muita gente fala que a busca por crédito deve encolher neste ano por causa dos juros altos, mas quando olhamos para o mercado de Fidcs, as expectativas são diferentes. O mercado desses fundos deve continuar crescendo em 2025, e há bons motivos para isso.
A nova regulação da CVM 175 trouxe mais segurança e previsibilidade para quem investe, deixando os FIDCs ainda mais sólidos. Esse tipo de fundo já era bem testado e confiável desde a Resolução 356, lá de 2001, mas agora ganhou uma estrutura ainda mais adaptada às necessidades atuais.
Crédito migrando dos bancos para os Fidcs
Ao mesmo tempo, o crédito bancário está passando por uma transformação. O sistema bancário brasileiro, que é super concentrado, tende a ser mais lento e burocrático na concessão de crédito. Isso abre espaço para os FIDCs crescerem, porque eles conseguem oferecer uma alternativa mais ágil e eficiente para as empresas que precisam de crédito.
Se olharmos para os Estados Unidos, esse caminho já foi trilhado por lá. O crédito para empresas acontece muito mais fora dos bancos do que dentro. No Brasil, essa mudança pode ser até mais rápida, justamente porque os bancos dominam o mercado e acabam deixando um vácuo que os FIDCs podem preencher com mais rapidez e eficiência.
Concorrência gera uma melhor experiência
Outro fator que impulsiona esse crescimento é a concorrência. Cada vez mais gestores e casas especializadas estão entrando nesse mercado, o que melhora a experiência para os tomadores de crédito. Com processos mais simples e menos burocracia, os FIDCs se consolidam como uma opção estratégica para empresas que querem soluções financeiras mais rápidas e flexíveis.
O que faz um mercado crescer é a segurança para quem investe. O mercado financeiro no Brasil responde muito bem quando há um ambiente regulatório estável. E foi exatamente isso que a CVM 175 trouxe: mais conforto para os investidores e um jeito mais simples e rápido para as empresas acessarem crédito.
Os empresários brasileiros já estão cansados da concentração bancária e a demora dos bancos. Eles querem crédito de forma eficiente e com uma melhor experiência. E os FIDCs estão cada vez mais prontos para atender essa demanda. Esse movimento não só veio para ficar, mas deve ganhar ainda mais força nos próximos anos.
Autor: Volnei Eyng
Fundador e CEO da Multiplike, uma gestora de recursos com 25 anos de história e mais de 30 bilhões de crédito cedido.
Sócio benemérito da ABRAFESC;
Graduado em Administração e Economia;
MBA na HSM Management em Gestão de Negócios;
MBA em Macroeconomia.
