A Sol Agora, fintech do grupo Descarbonize Soluções e investida da gestora canadense Brookfield, lançou nesta quarta-feira seu terceiro fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), com volume inicial de R$ 800 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão. O dinheiro será destinado ao financiamento de 40 mil usinas solares a serem instaladas em residências e pequenos e médios negócios. A fintech já concedeu mais de R$ 1,2 bilhão em créditos e, para 2025, a expectativa é financiar mais R$ 1,4 bilhão.
O fundo será gerido pela Régia Capital, a asset que nasceu por meio da união entre e JGP e BB Asset. Voltado a investidores institucionais, nasce ancorado pelo BNP Paribas Brasil (R$ 800 milhões), mas com espaço (R$ 200 milhões) para outros interessados. O ativo terá classificação de risco de agência internacional e inclui proteção contra a volatilidade dos juros futuros. Além disso, se divide em duas classes de risco, com emissão de cotas seniores e mezanino, sendo ao menos 12,5% investido pela própria companhia em cotas subordinadas.
Com prazo de nove anos, na primeira fase, de 12 meses, não há previsão de pagamento de juros e amortização para os cotistas. Em um segundo momento, todo o caixa recebido é convertido mensalmente em amortização de juros e em devolução de capital até o resgate integral dos investimentos. O prazo médio de devolução varia entre três e três anos e meio, a depender da classe investida.
“O mercado brasileiro ainda se encontra na 1ª fase do ciclo de eletrificação, com a instalação de usinas de geração solar. EUA e Europa apontaram o caminho e o ciclo de investimento deles está cerca de cinco anos à frente do Brasil, o que significa que temos ainda muito trabalho pela frente”, diz Eduardo Solamone, superintendente de Mercado de Capitais da Sol Agora.