Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) têm mostrado que não são apenas mais uma moda passageira no mercado financeiro brasileiro.
Com um patrimônio de R$ 490 bilhões e mais de 2.500 fundos ativos em junho de 2024, eles estão ocupando seu espaço como uma solução robusta tanto para empresas que precisam de crédito quanto para investidores em busca de diversificação.
O crescimento desse mercado impressiona: entre 2020 e 2023, a expansão anual foi de 34,5%. Hoje, os FIDCs já representam 6% do crédito privado no Brasil, mas ainda há muito a conquistar.
Para comparação, nos Estados Unidos, o crédito securitizado ultrapassa 30% do total, mostrando o enorme potencial de crescimento que temos por aqui.
O que torna os FIDCs tão interessantes?
Para empresas, eles são uma alternativa real à concentração bancária, que domina 70% do mercado de crédito no Brasil. O crédito através de FIDCs de modo geral é mais personalizado, eficiente e barato.
Para investidores, os fundos oferecem retornos competitivos, diversificação e benefícios tributários, como o diferimento de impostos. Além disso, a flexibilidade dos FIDCs é um diferencial: eles podem atender setores diversos como agronegócio, infraestrutura, crédito imobiliário e consignado, sempre adaptados às necessidades do mercado.
Outro fator essencial é a qualidade da gestão. Um bom gestor faz toda a diferença, minimizando riscos e garantindo uma estrutura sólida e transparente. Quando gestores e originadores estão alinhados — como ao adquirirem cotas subordinadas —, a confiança no fundo aumenta, beneficiando todos os participantes.
Futuro promissor dos FIDCs
Hoje, com mudanças regulatórias favoráveis e o aumento do apetite por crédito privado, os FIDCs estão prontos para continuar crescendo. E a expansão não é apenas numérica: a sofisticação do mercado e o interesse de investidores mais experientes apontam para um futuro promissor.
Os FIDCs não são só uma tendência. Eles são um movimento que está ajudando a desconcentrar o crédito no Brasil e ampliando as possibilidades para empresas e investidores. Esse sucesso veio para ficar, e quem ainda não presta atenção a esse mercado pode estar perdendo uma grande oportunidade.
E você, já está acompanhando essa transformação?
Fonte dos Dados: Anbima e Banco Central.
Por Volnei Eyng